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29 de junho de 2009

TASTES LIKE MORE

Alguém é capaz de me explicar porque é que há quem goste de comer o creme do pastel de nata com uma colher e deixar a "caixa" de massa folhada intocada? Eu sempre achei que era a combinação dos dois que fazia todo o apelo da coisa.

UM GELADO NÃO É QUANDO UMA CRIANÇA QUISER

Pai à filha de três, quatro anos que lhe pede um gelado à hora do pequeno-almoço: "Ainda não há, filha, ainda estão a fazer para ficarem bem fresquinhos".

25 de junho de 2009

STEVEN WELLS (1960-2009)

Durante os anos em que o New Musical Express era um jornal de música sério que tinha entrevistas sólidas que nunca mais acabavam e em que dava que pensar (ou seja: quando era impresso a preto e branco em papel que sujava), eu amava ler os textos do Steven Wells, um dos estilistas mais extraordinários do inglês jornalístico como expressão do coloquialismo vernacular panque-roque. Wells era um sacana de um jornalista que escrevia como ninguém, com sangue, suor, lágrimas, esperma, humor, cerveja e uma capacidade notável de atrair a controvérsia com inteligência.

23 de junho de 2009

PELA BOCA MORRE O PEIXE

Apesar das eleições europeias já terem passado, os cartazes dos partidos continuam expostos por essa Lisboa fora — como o fantástico cartaz do CDS/PP com um Paulo Portas sorridente e a legenda "ter razão não basta, é preciso ter votos".

20 de junho de 2009

É PRECISO SOFRER PARA SER BELO

Um cartaz publicitário numa farmácia anuncia um produto à base de "baba de caracol". Alguém me explica porque é que há quem recorra a este tipo de coisas vagamente repugnantes para ficar mais bonita? (E não, não vou citar a anedota do menino Joãozinho. Embora me apetecesse.)

18 de junho de 2009

SPRING CLEANING

Vários anos sem olhar a sério para as caixas fechadas que vieram da morada anterior e que foram ficando = uma dezena de sacos de plástico grandes cheios de lixo, uma dezena de caixas para reciclagem, coisas que já nem me recordava que estavam cá em casa. Vamos em três noites três de arrumações e ainda se prevêem mais um bom par delas a arrumar o menos que sobrou.

17 de junho de 2009

7 de junho de 2009

JAYWALKING

"Jaywalking" é o nome dado em inglês ao pessoal que atravessa a rua fora da passadeira. É espantoso como, sendo Portugal um país tão dado a essa prática, desde velhotes que atravessam avenidas inteiras com o sinal vermelho a fazerem sinal com a mão para os automobilistas esperarem a senhores de camisola de marca, telemóvel e carteira na mão e jornal debaixo do braço que atravessam a meio da rua para regressarem ao carro que deixaram arrumado em segunda mão com os quatro piscas do outro lado da rua, não temos uma expressão que a defina. Confesso: eu sou sempre a favor dos direitos dos peões quando eles protestam quanto aos carros estarem mal arrumados em cima do passeio ou das passadeiras. Mas espanto-me como nunca ninguém se recorda de que isso não lhes dá o direito de andarem pelo meio da estrada como se ela fosse um passeio — como as senhoras que esta tarde passeavam pelo meio da rua como se não fosse nada com elas enquanto eu tentava arrumar o carro.

5 de junho de 2009

QUANDO O TELEFONE TOCA

No restaurante, a hora de almoço é interrompida repetidamente por telefones que tocam e gente que os atende entre duas garfadas do prato do dia. Quando são grandes mesas com sete, oito e nove colegas de emprego que vêm almoçar juntos, todos impecáveis de fatinho e gravata e smartphone de último modelo em cima da carteira, a barulheira pode ser bastante cacofónica.

No autocarro, uma senhora fala muito alto e toda a gente ouve a conversa com a mãe que tem de ir fazer o controle dos diabetes e não há maneira de ir. Não sei se a senhora fala alto para a mãe a ouvir ou porque sim.

2 de junho de 2009

10/05/2009: KL 1697 AMS 21h00-LIS 22h55

É a irritação total: um puto que não se cala na fila de trás, em conversa com o avô, perguntando o que é isto sobre tudo e mais alguma coisa. Três miúdas portuguesas com tom de voz beto que viajam com uma ama estrangeira, que travaram, sozinhas, durante 15 minutos, uma fila do Burger King no aeroporto de Schiphol a protestar em inglês perfeito que não foi aquilo que pediram, também estão a bordo e não se calam mas, felizmente, estão lá para trás. Na fila da frente, há um tipo que faz um ruído que me parece ser teclar num computador mas que, vai-se a ver, está apenas a brincar com um copo de plástico. E, quando quero refrescar-me na casa de banho, sou travado durante dez minutos pelo duty-free que foi parado quatro vezes — três das quais por portugueses que não se decidiam se queriam ou não levar o produto e depois queriam pagar com notas altas para as quais o comissário de bordo não tinha troco, resultando numa fila de gente agastada porque o comissário de bordo não avançava nem deixava passar.

Quando chego a Lisboa, está a chover que é uma coisa estúpida.