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24 de outubro de 2009

NEVER AGAIN

Há poucas coisas mais estranhas do que sermos interpelados na rua por alguém que não vemos há 25 anos, sobretudo quando a pessoa interpelada (no caso, eu) tem uma memória fotográfica inexistente, daquela do género "eu-sei-quem-este-tipo-é-mas-não-estou-nada-a-ver", que nos deixa sempre completamente à toa qualquer que seja a opção que tomamos.

No caso, eu sabia perfeitamente quem era a pessoa, mas não tinha nada a imagem na cara — bastou vir o nome para eu me lembrar, Escola Secundária dos Anjos no tempo antes de ela ser um centro de apoio ao emigrante, aí 1983? 8º? 9º? 10º? Já não me lembro, mas lembro-me que foi na altura em que comecei a ouvir música mesmo a sério, e o Miguel lembrou-me que tinha lá em casa uma das primeiras críticas de discos que escrevi, sobre os Classix Nouveaux (of all people, mas eu na altura era um neo-romântico gorduchito que não tinha coragem de me vestir à neo-romântico, os Duran Duran eram o nec plus ultra). Lembro-me, sobretudo, que o Miguel foi a primeira pessoa a apresentar-me aos U2, emprestou-me o War e eu escrevi-lhe um texto em que dizia que o disco seria tão melhor se o Larry Mullen fosse um bom baterista (admito que a aparelhagem não estivesse bem equalizada).

Para algumas pessoas, sou gajo para não ter aprendido muito desde então. Eu, pessoalmente, discordo (o War não é o meu U2 favorito, mas é um discão do caraças). Mas os Classix Nouveaux continuam a ser um prazer culpado.

25 de junho de 2009

STEVEN WELLS (1960-2009)

Durante os anos em que o New Musical Express era um jornal de música sério que tinha entrevistas sólidas que nunca mais acabavam e em que dava que pensar (ou seja: quando era impresso a preto e branco em papel que sujava), eu amava ler os textos do Steven Wells, um dos estilistas mais extraordinários do inglês jornalístico como expressão do coloquialismo vernacular panque-roque. Wells era um sacana de um jornalista que escrevia como ninguém, com sangue, suor, lágrimas, esperma, humor, cerveja e uma capacidade notável de atrair a controvérsia com inteligência.

26 de novembro de 2007

THIS IS THE WORLD CALLING

Estou-me a borrifar que o video não seja grande coisa. É a melhor canção que o Bob Geldof fez na vida ("I Don't Like Mondays" incluido) e quando a diva Annie aparece no refrão é de ir às lágrimas. Sobretudo depois do episódio de hoje da minha série de cabeceira.

13 de setembro de 2007

PROMOÇÃO DESAVERGONHADA



...mas necessária. Primeiro, porque o António é um amigo; segundo, porque já comprei e já me diverti muito a ler passagens; terceiro, porque é importante que haja livros assim, porque Portugal é um país que não toma conta da sua memória e é importante registar as histórias pequenas da grande história da cultura popular — e é ainda mais importante que haja mais livros assim e que este não fique como caso único. Um amigo meu dizia, sim, mas tinha de se começar pelo Quarteto 1111? E eu respondi-lhe, é um ponto de partida tão bom como qualquer outro.

2 de setembro de 2007

MÚSICA NO GINÁSIO #27



Toda a gente fala do primeiro álbum dos Stooges, The Stooges (Elektra/Warner, 1969), como um dos pontos zero do punk. Mas porque é que tão pouca gente fala dele como o ponto zero do "stoner rock" ou como um dos álbuns mais psicadélicos dos anos 60 sem ter um grama de psicadelismo?



"No Fun" (ao vivo em Detroit na recente reformação, já que não se encontraram imagens da época))