Pesquisa personalizada

30 de setembro de 2008

SYNCHRONICITY

Li isto ontem à noite e bate muito certo com tudo o que está a acontecer nos EUA. 

I said to Andy that I'd foreseen the seam-ripping of America's frayed old frock coat, and I added: "I supposed it couldn't be otherwise..." and she said "Democracy won't work, it's a shame but it just won't work" and I said, "The reason it's falling apart this way is that the people of America have been living in the past too long... For too long we've broadcasted the American Dream on all networks as gospel and everybody's been content... living in the past... The nation is falling now because its people haven't been able to face it when the granite thunderbolt plows square into their upper plates, that the American Dream is only a dream, and that the American Reality is imperative, a powder-keg situation."

Estas palavras foram escritas pelo lendário crítico de rock Lester Bangs para um manuscrito autobiográfico que nunca viu a luz do dia. Foram publicadas pela primeira vez em 2003, na antologia Mainlines, Blood Feasts and Bad Taste (Londres: Serpent's Tail, 2003) organizada por John Morthland, num de três "fragmentos" dessa autobiografia inédita. 

Foram escritas em 1968, o ano de todas as revoluções, em resposta às mortes de Andy Warhol e Robert Kennedy. 

26 de setembro de 2008

O INFERNO E NOVA IORQUE

Já me tinha esquecido como isto é brutal. Tem, além do mais, Emma Thompson (volta, tudo te está perdoado) e o grande Jeffrey Wright (quando é que lhe dão um papel decente num filme a sério?). E, hoje, vejo muito mais em Anjos na América do que vi há cinco anos. 

19 de setembro de 2008

CALME, LUXE ET VOLUPTÉ

Mais charme do que isto é impossível.



Roxy Music, "More than This" (in Avalon, EG/Polydor 1982)



Roxy Music, "Avalon" (in Avalon, EG/Polydor 1982)



Bryan Ferry, "Slave to Love" (in Boys and Girls, EG 1985)



Bryan Ferry, "Will You Love Me Tomorrow" (in Taxi, Virgin 1993)



Bryan Ferry, "Mamouna" (in Mamouna, Virgin 1994)

17 de setembro de 2008

A GAIVOTA

Será que a célebre canção da gaivota revolucionária da Ermelinda Duarte, "Somos Livres", era uma espécie de versão nacional-cançonetista-politicamente-correcta (ai aquele Mellotron...) do "Jonathan Livingston Seagull" de Neil Diamond? 

11 de setembro de 2008

TOPONÍMIA

Há algumas coisas que eu não compreendo muito bem e a toponímia é responsável pela maior parte delas. Como, por exemplo:

- onde é que Almada começa e Pragal acaba, e vice-versa?
- porque é que uma rua perfeitamente normal, que tem os números ímpares de um lado e os pares do outro, vê a numeração par "saltar" de repente para a rua do lado nas traseiras dos prédios ímpares?
- porque é que as tesourarias das repartições de finanças nunca ficam na mesma porta das repartições propriamente ditas, mas sempre duas portas acima ou abaixo?
- porque é que há avenidas mais estreitas que algumas ruas?

8 de setembro de 2008

4 de setembro de 2008

Ó FREGUESA

A cigana idosa, vestida de preto, desce a avenida nesta manhã cinzenta e chuvosa a vender panos com uma trouxa à cabeça, oferecendo a mercadoria às mulheres que vão subindo a avenida. Uma jovem negra faz que não com a cabeça e, para sua surpresa, vê a cigana idosa dizer-lhe umas quantas que estou demasiado longe para ouvir (mas onde noto um nítido aumento do volume de som na sua voz) e às quais apenas é capaz de responder "está parva!". Depois deste episódio, as duas continuam como se nada fosse. 

3 de setembro de 2008

ACREDITAR NO PAI NATAL

Vejo no Telejornal que o Millennium BCP tem uma rede de bancos na Polónia chamada Millennium Bank, com o mesmo logotipo e imagem gráfica da rede portuguesa. Espero apenas que os empregados do banco sejam mais bem-educados do que o que me coube em sorte ontem e que não primava pela cortesia — eu compreendo que seja muito chato responder a perguntas difíceis a meia-hora do fecho da agência mas daí a pôr-me fora de mim ao ponto de eu me vir embora antes que dissesse qualquer coisa menos feliz garanto-vos que não acontece muito. Talvez não me devesse surpreender — afinal Portugal é um país pouco dado ao serviço em pessoa ao cliente, tal a quantidade de balconistas que têm um ar de quem quer estar em qualquer lado menos ali — mas de vez em quando há casos assim.