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1 de janeiro de 2008

RELATIVIZEMOS

"Ano novo, vida nova"? "Resoluções de Ano Novo", tomadas às doze badaladas?

A meia-noite de Lisboa são as quatro da tarde de São Francisco ou a uma da tarde de Sydney. É só uma mudança de calendário, um mês que acaba outro que  começa, um dia que acaba outro que começa. O Ano Novo é uma construção abstracta diferente em cada país do mundo. Se quiséssemos ser pragmáticos, as "resoluções de Ano Novo" deviam ser tomadas todos os dias, cada dia, em vez de decididas no primeiro dia do ano e esquecidas no segundo. 

Tudo isto porque passei uma maravilhosa passagem de ano — sozinho com o gato, em casa, no quentinho aconchegado do sofá, a ver bom cinema e a ler boa literatura, longe das celebrações mais ou menos frenéticas de quem quer que o Ano Novo tenha um significado especial. É só uma noite como as outras (e um bom pretexto, é certo, para apanhar uma tosga ou ficar na cama até mais tarde no dia a seguir) — e cabe-nos a nós investir o nosso significado nesta como noutras noites. 

Dito tudo isto, Bom Ano para vocês. 

1 comentário:

menina alice disse...

Bom ano, urso. Também me aposto cada vez mais na serenidade da toca. Cheers. ;)