Blog-notas de ideias soltas; post-it público de observações casuais; fragmentos em roda livre, fixados em âmbar. Eu, sem filtro. jorge.mourinha@gmail.com

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16 de maio de 2012
coisas que se ouvem nos transportes públicos
Tinaiger inconsciente, loura de cabelo escorrido, vestida de cores garridas psicadélicas muito veraneantes, com sorriso de aparelho dentário, auscultadores de MP3 (um num ouvido, o outro pendurado) e telemóvel pendurado ao pescoço num cordão colorido: "Ai, não era aqui que eu tinha de ter saído!" Tinaiger inconsciente, moreno, T-shirt, calções, ténis de lona e mochila de surf fashion: "Então?" Ela: "Não era aqui, a casa dele fica bué longe!" Ele: "Então boa viagem!"
25 de agosto de 2009
738
Poucas coisas são mais incomodativas do que esperar durante dez minutos na paragem pelo autocarro com uma miúda pequena que fala alto não se cala, acompanhada pelos avós que já não têm grande paciência para a ouvir e lhe respondem já meio maçados mas também (por serem avós) não a mandam calar, e perceber que, depois de subirmos todos para o autocarro, nem assim ela se cala.
Felizmente, eles saíram antes de mim.
por outras palavras:
coisas indizíveis,
observações descentradas,
portugal no seu melhor,
teenagers inconscientes,
tenham medo. tenham muito medo,
viva o transporte público
25 de maio de 2009
POLAROID: ESPLANADA
Na esplanada do café onde tomo o pequeno-almoço, quatro adolescentes partilham duas a duas os seus iPods. E uma delas canta, em voz alta, tão alta que se ouve através da janela sobre o barulho do trânsito. E canta o quê? "Eu Sou Aquele" dos Excesso.
31 de outubro de 2008
EU NÃO ERA ASSIM QUANDO TINHA A IDADE DELES
Por vezes, almoço no Pizza Hut da Álvares Cabral, que costuma oferecer um buffet de pizzas que é uma opção porreira para almoçar sem gastar muito dinheiro. O problema essencial de almoçar ali — e a razão porque vou lá tão pouco — é a presença de quantidades absurdas de tinaigeres inconscientes, presumo que oriundos do Pedro Nunes, que aproveitam a situação exactamente pela mesma razão que eu: almoça-se sem gastar muito dinheiro.
Hoje, por exemplo, estariam facilmente para aí uns trinta miúdos a almoçarem ali, comportando-se como se estivessem em casa deles ou numa festa de liceu, gritando uns com os outros, rindo alarvemente, dando-se encontrões ou impedindo um outro de se servir, correndo para o buffet assim que as pizzas saidas do forno eram colocadas e acotovelando-se como na entrada para um concerto de rock, fazendo fila para pagar e "roubando" uma fatia para irem a comer num guardanapo até ao liceu.
A maior parte dos adultos que ali estavam a almoçar — desde professores do João de Deus a funcionários dos bancos e das empresas que rodeiam o restaurante — olhavam para eles com um misto de enfado e desinteresse e concentravam-se no seu próprio almoço, mesmo que ficassem irritadíssimos sempre que eles se precipitivam para o buffet e impediam os restantes comensais de lá chegar.
Ficou-me na imagem uma miúda que sempre que ia buscar uma fatia descobria que os colegas já tinham esvaziado a forma da pizza que ela queria e que voltava para a mesa a resmungar enquanto se ria: "eles não me deixam nada!".
1 de julho de 2007
POLAROID: BEIJO
As arcadas do Colombo são o sítio ideal para os adolescentes que não querem outra coisa se beijarem longamente na sombra dos pilares, sem que ninguém (a não ser os seguranças que têm de andar por ali) veja ou mostre sequer interesse.
por outras palavras:
irritantes quotidianos,
observações descentradas,
polaroid,
teenagers inconscientes
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