Duas filas à frente, uma senhora idosa chama a hospedeira e diz resmungando que tem de mudar de lugar porque ficou na coxia e já teve de se levantar duas vezes para deixar o senhor que vai à janela ir à casa de banho e não está para isso e quer mudar de lugar para uma das filas vazias atrás de mim. Tudo isto com a maior educação mas com uma frieza de cortar à faca e um tom geral de "comigo ninguém brinca porque eu vivi a guerra e meninas como você como-as todos os dias ao pequeno-almoço". Do outro lado da minha fila, uma outra senhora inglesa idosa liga a intervalos regulares uma pequena ventoinha a pilhas que faz um barulho irritante.
Blog-notas de ideias soltas; post-it público de observações casuais; fragmentos em roda livre, fixados em âmbar. Eu, sem filtro. jorge.mourinha@gmail.com
Pesquisa personalizada
16 de outubro de 2008
16/10/2008: TP 355 LHR 11h40-LIS 14h10
O regresso a Lisboa sai à hora marcada e chega à hora marcada. Em vez de almoço, servem uma sanduíche quente de carne assada com ananás (o ananás ficou na embalagem, que meter fruta numa sanduíche quente de carne assada é anátema); o inglês com ar de bulldog que vai à janela pede um copo de vinho branco a acompanhar, coloca o tabuleiro da refeição na mesinha do assento vazio entre nós os dois, e dorme a sono solto pelo meio de um breve momento de turbulência.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
conclusão, as senhoras idosas inglesas era metê-las todas num 747 e mandar saltar o piloto de pára-quedas.
Enviar um comentário