Estas palavras (traduzidas do francês por moi-même) extremamente sábias e sensatas sobre a crítica (no caso de cinema, mas que são aplicáveis a praticamente tudo, quer seja literatura, televisão, música, teatro, artes plásticas ou outra coisa qualquer) foram lidas na última edição da habitualmente bem intelectual e nem sempre sensata revista francesa Cahiers du Cinéma (nº 636, de Julho/Agosto de 2008).
Mas não foram escritas hoje, mas sim há 50 anos: mais precisamente em Junho de 1952, por André Bazin, fundador, em 1951, da revista e um dos mais influentes teóricos da arte da crítica. Ao longo de 2008, por ocasião do cinquentenário da morte de Bazin (que faleceu, aos 40 anos, em 1958 e já não teve oportunidade de ver a eclosão, no ano seguinte, do novo cinema francês que seria designado por Nouvelle Vague), a revista tem reproduzido todos os meses um dos milhares de artigos que o crítico publicou em vida mas nunca foram recuperados ou republicados nas várias antologias do seu trabalho.
E a verdade é que a simplicidade e a sensatez do trabalho crítico de Bazin nada tem a ver com muito do que passa hoje por ser "crítica": a simplicidade não implica preguiça, o pensamento não implica intelectualização. É tudo uma questão de sensibilidade e bom senso. Bazin tinha-as, muitos dos seus seguidores nem por isso.
1 comentário:
olha...vou ter o meu momento Fagundes:
BRAVO!!!!BRAVO!!! EXCELENTE POST!!!
Pode-se aplaudir de pé? Pode-se?
Vou obrigar toda a gente a ler isto!
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