Blog-notas de ideias soltas; post-it público de observações casuais; fragmentos em roda livre, fixados em âmbar. Eu, sem filtro. jorge.mourinha@gmail.com
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6 de dezembro de 2006
ALL MOD CONS
Estou — eu e, presumo, a rua toda — sem água desde ontem às oito da noite, segundo a linha de faltas de água da EPAL devido a uma "rotura imprevista" na rua onde moro (pequena dúvida etimológica: rotura será um abastardamento de ruptura?), e a EPAL prevê que a situação apenas fique regularizada lá para as quatro da tarde (às 10 da manhã era ao meio-dia; será que às duas da tarde passa a ser às oito da noite?). Não posso dizer que tenha razões de queixa da EPAL: nos seis anos que já levo a morar aqui, esta é a primeira falta de água verdadeiramente incómoda que sofro (isto de não poder tomar banho de manhã faz-me uma comichão à cabeça que nem vos imagina), mas é tão incómoda (estou há precisamente 12 horas sem água) que dá vontade de tratar mal os responsáveis. Ora, a verdade é que uma vez em seis anos é uma média muito boa, mesmo que neste momento me apeteça obrigar os responsáveis da EPAL a passarem um dia inteiro sem água a ver se acham graça. Mais interessante é perceber como estamos de tal modo habituados aos nossos pequenos confortos modernos, "civilizados", que quase nem nos passa pela cabeça que eles nos podem faltar — e, quando nos faltam, ficamos ó-tio-ó-tio sem saber bem o que fazer.
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