Muito se tem por essa blogosfera falado a propósito de "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore, fita que deve estar quase a chegar cá (segundo informação da distribuidora, é já daqui a 15 dias). No interim, achei curioso "responder" aos muitos que citaram o artigo anti-Moore que Christopher Hitchens escreveu na Slate com a opinião da Economist — que, confesso, me surpreendeu pela inesperada imparcialidade que revela, apontando a dado passo que há momentos no filme que indignarão qualquer Republicano digno desse epíteto.
Pessoalmente, reservo o meu julgamento até ver o filme, na certeza de que, pelo menos, Moore não engana ninguém: ele tem uma agenda e este filme é um meio para chegar a esse fim. A honestidade do pressuposto é inatacável, mesmo que a dos métodos possa ser dúbia. E àqueles que insistem que o cinema não deve ser político, não era Jean-Luc Godard (um dos grandes políticos do cinema) quem dizia, em tempos, que um travelling era uma questão de moral?
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