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15 de maio de 2004

LOST IN TRANSLATION



Este disco é transcendente: pura imponderabilidade no azul entre o mar e o céu, no limbo entre a noite e o dia, entre o passado e o futuro, entre a cidade e o campo. Este disco não se explica, não se define, não se descreve; entre Nova Iorque e o fundo da Amazónia, entre o cosmopolitismo da Europa e as cirandas nordestinas, "Horse and Fish" quer-se mesmo é perdido na tradução, habitante assumido daquela Zona (Tarkovskiana?) alheia a fronteiras e nacionalidades, a propriedades e categorizações, onde as leis normais deixam de fazer sentido, onde tudo se esbate e reconfigura quase sem darmos por isso (nem falta uma noite em Tokyo sob o efeito do jet lag, onde eu vi a lua virando o sol). Sem tempo nem espaço. Mágico. Perfeito.

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