Blog-notas de ideias soltas; post-it público de observações casuais; fragmentos em roda livre, fixados em âmbar. Eu, sem filtro. jorge.mourinha@gmail.com
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18 de dezembro de 2011
UA 931
À minha frente no voo para São Francisco, está um pai indiano que viaja com os dois filhos; ele e o filho estão junto à janela na fila da frente, a filha na janela da fila à frente deles. Ao longo das dez horas de voo, ele passa a vida a incomodar a vizinha da coxia para ir à bagageira buscar chocolates, batatas fritas, livros, iPods e afins que estão numa das duas malas ou na mochila que estão na bagageira por baixo dos casacos dos três, ou então passa a vida a trocar de lugar com o filho ou com a filha, mesmo quando o voo atravessa turbulência e o sinal de cintos apertados está ligado. A senhora da coxia, que já teve de ficar sem jantar porque não gostava da opção de galinha ou massa e não havia refeições vegetarianas, não protesta, mas um dos comissários de bordo, quando vou à casa de banho, diz-me, "Se depois puder dizer ao senhor que está na fila da frente para ficar sentado quando está o sinal de cintos apertados ligado... Eu já percebi que não deve servir de muito, mas faz parte das minhas funções."
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