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12 de abril de 2009

FIM-DE-SEMANA PROLONGADO

Redescobrir os bons álbuns de Janet Jackson, ainda e sempre a melhor e mais consistente mana dos manos todos — Michael, em rigor, morreu ao fim de dois álbuns, Off the Wall (Epic 1979) e Thriller (Epic 1982) e daí para a frente foi só viver à conta do nome; Janet só disparou ao terceiro, Control (A&M 1986), que todos estes anos depois continua a ser um marco da nova música negra - o que os ex-acólitos da então sua majestade púrpura Jimmy Jam & Terry Lewis fizeram com a maninha soa-me hoje completamente visionário e nada longe do experimentalismo geométrico-abstracto das produções que fizeram o nome de Timbaland. E quando ela fazia pop - estou-me a lembrar de "When I Think of You" ou "Escapade" - os meninos que se cuidem.

Continuar a descobrir os tesouros que se escondem na estupenda caixa de raridades e inéditos do divino Lloyd Cole, Cleaning Out the Ashtrays (Tapete 2009) - quatro CDs de maquetas, versões alternativas, covers, lados B e canções perdidas por entre confusões editoriais, com meia-dúzia de pérolas de estarrecer que não se consegue perceber como é que nunca ninguém reparou que isto era espantoso. Exemplos: "Wild Orphan", que foi retirado de Lloyd Cole (Polydor 1990) à última hora para fazer espaço para "No Blue Skies"; "Blame Mary Jane", uma versão notável do "Most of the Time" de Dylan, "4MB" e "Sold", todas atiradas escandalosamente para lados B esquecidos.

A extraordinária entrevista de Nick Cave que foi capa da Mojo de Março - dá vontade de passar a gostar da obra que impõe respeito do homem, mesmo que a música continue a não me dizer nada. 

A saga de D. Crocodila e da Zeeba Neighbah no sítio do costume.

D. Diogo a acordar-me de manhã a cheirar-me o nariz, como quem se prepara para lhe dar uma dentada.

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