No café, à hora de almoço, a empregada que está à caixa passa metade do tempo a pedir ajuda às colegas para registar os pedidos, corrigi-los, fazer o troco e quando lhe peço um "ice tea" de limão ela diz-me "é uma água?".
No posto dos correios, ao princípio da tarde, seis dos sete balcões estão a funcionar mas os funcionários parecem não conseguir dar vazão: durante os 45 minutos que aguardo pacientemente a minha vez, dois dos balcões continuam com os mesmos clientes, um dos quais com uma cliente com centenas de envelopes para franquear e com a empregada a tentar explicar-lhe, sem sucesso, como é que se fecha o telemóvel depois de meter o cartão, forçando-a a pedir ajuda a uma colega. Um senhor idoso que quer pôr uma carta em correio azul obriga a funcionária a repetir-lhe tudo duas vezes por não conseguir perceber; uma senhora que foi apenas pagar contas tira muito devagarinho as facturas da mala e os envelopes separados para pagar cada uma delas; uma outra fica dez minutos a escolher quais os cartões de Natal que quer comprar para enviar. Não sei se sou eu que tenho pontaria para os dias em que vou ao correio ou se é uma conjugação de circunstâncias, mas lá que hoje tudo conspirou para me irritar...
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