No vôo de Filadélfia para São Francico, o comandante faz uestão de agradecer aos soldados que estão a bordo (um dos quais fardado), numa prova do respeito que os americanos têm pelas suas forças armadas mesmo quando não concordam com os conflitos armados em que eles se envolvem. Ainda por cima, hoje é o arranque do fim-de-semana prolongado do Memorial Day (hoje, segunda 28 de Maio) que celebra todos aqueles que deram a sua vida pelos EUA em conflitos militares.
O vôo vai cheio e as simpatiquíssimas hospedeiras perguntam-me se não me importo de trocar de lugar com uma família que foi colocada na saída de emergência. Aceito com muito gosto, porque isto de ter 1m88 de altura e ter de viajar em coxias de classe económica não é fácil, e acaba por ser a primeira vez que viajo longas distâncias com espaço para esticar as pernas. Mas descubro também que, nos EUA, estar sentado na fila da saída de emergência equivale a disponibilizar-se para ajudar as hospedeiras no caso de alguma coisa correr mal. Todo o pessoal é significativamente mais simpático do que a equipa do vôo de Lisboa. Quase como se tivessem verdadeiramente prazer em trabalhar — e as hospedeiras de serviço à cabine já têm claramente muitos anos disto. No entanto, os auscultadores continuam a ser pagos e, aqui, a comida também (cinco dólares por uma sanduíche de frango que não era nada má, embora um pouco seca). Tudo o que é refrigerantes e águas é gratuito, mas quem quiser beber álcool tem de pagar e de mostrar a identificação se parecer mais novo do que a idade que tem.
E juro que vi um anúncio da CIA a passar no sistema de entretenimento a bordo.
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