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14 de junho de 2006

LUZ E SOMBRA

Parece que estou a dormir há várias horas, mas afinal são apenas duas e meia da manhã quando acordo meio estremunhado, o meu quarto iluminado por clarões regulares de luz branca como as estroboscópicas das discotecas, com um ribombar de tambores constante à distância. Entre as duas e meia e as três e meia da manhã, a tempestade não dá tréguas, com uma sequência de relâmpagos que iluminam o céu por cima das nuvens cinzentas e trovões que soam ininterruptamente como uma batalha que se ouve à distância. O cheiro a molhado que entra pelas janelas de persianas corridas mistura-se com um odor a fósforo queimado. E, por um instante, compreendo porque é que os antigos temiam e respeitavam as noites de tempestade.

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