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9 de abril de 2006

MÃE HÁ SÓ UMA (post críptico #1)

Depois de uma conversa que tivemos em que eu comparei a minha mãe à formidável matriarca dos "Sopranos", a Cristina costuma dizer que não consegue ver um episódio da série sem se lembrar dela.

A minha mãe insiste em considerar-se uma mãe como qualquer outra, matriarca de uma família como qualquer outra. Eu tenho sérias dúvidas sobre a "normalidade" maternal e familiar, em primeiro lugar porque não existem famílias "normais" (e, por arrastamento, não existem mães, ou pais, ou irmãos "normais"), em segundo lugar porque mesmo não existindo "normalidade" familiar, eu tenho a impressão que a minha família está uns quantos furos ao lado dessa não-"normalidade"... Confusos? Provavelmente eu também. A constatação, no entanto, resume-se ao facto de eu ter a certeza de que a minha família parou no tempo algures nos anos 60 e continua a viver de acordo com um mundo que já deixou de existir há muito. O que, claro, explica muitas coisas, a menor das quais não são com certeza as minhas crispações.

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