Pela primeira vez, assumi esta vontade de infância, esta introspecção. Falei por isso das coisas que me faziam passar-me quando era miúdo — palavras que tinha esquecido, das quais tinha fugido... Dito isto, nunca cortei as pontes com a minha infância: quando vejo uma foto da minha adolescência, reconheço-me perfeitamente. E tenho pena porque, naquela altura, andava sempre com má cara, sentia-me preso na armadilha da minha vida, da minha cidade, da minha família... Não via nenhuma saída de emergência.
(Benjamin Biolay, em entrevista a J. D. Beauvallet da revista "Les Inrockuptibles", Abril de 2003)
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