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17 de abril de 2005

LOGBOOK #24: O PASSEIO DO CHOCO

Sesimbra: Cova da Mijona, domingo 17 de Abril, 11h16; 42min, 9.7m, 14ºC

Cova da Mijona, que é como quem diz Vale das Couves, que é como quem diz Pedra do Guindaste; parece não haver consenso sobre a designação da baixa de rochas que, a meio caminho entre o porto de Sesimbra e o Cabo Espichel, muito antes da Marca das 3 Milhas, se espalha aí por meia milha a profundidades entre os quatro e os dez metros, repletas de anémonas, peixinhos, e, nesta manhã ventosa e carregada de domingo, uma dúzia de mergulhadores a matar o vício, fugindo à provável enchente para os lados do Cabo Afonso.

Resguardado do vento, o mar está aqui chão, a visibilidade promete aí oito metros (pontualmente baixa para os cinco), só a temperatura da água não ajuda (aos 40 minutos, o Fernando, cheio de frio por baixo do fato de 5mm, atira a toalha e, cinco minutos depois, é a Teresa quem pede para subir). Mas o passeio é não apenas um passeio muito simpático por entre rochas e mais rochas, com as lanternas a iluminarem recantos, com um choco displicentemente nadando por ali como se não fosse nada com ele, é também uma oportunidade de testar a flutuabilidade com um quilo de lastro a menos — e estou todo orgulhoso, que passei o mergulho todo quase sem pôr ar no colete, controlando a flutuabilidade só com a respiração, e ainda vim para cima com meia garrafa de ar, com a Teresa a comentar que eu consumo muito pouco ar.

Faz bem ao ego ouvir estas coisas, caramba! Ainda por cima após dois meses sem ir à água. Mas ainda há trabalho a fazer.

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