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1 de dezembro de 2004

LINGUÍSTICA AVANÇADA

Depois de ouvir Paulo Portas a perorar perante o prime-time televisivo de feriado, esta noite, em mais uma das suas magistrais demonstrações de como, em política, tudo é maleável e flexível ao ponto de querer significar aquilo que quisermos que signifique; depois de ouvir as múltiplas interpretações e análises dos acontecimentos dos últimos dias; concluo que a política é apenas uma questão de escolher um modo de ver o mundo, convencermo-nos da sua veracidade, fecharmo-nos a tudo o resto que a ameace e tentarmos convencer os outros de que nós é que temos razão.

Aqui para nós, ainda bem que não sou eu a fazê-lo, porque não convenceria ninguém. Mas, por muito bem que Paulo Portas o faça, também não me convence. Em quem residirá o ónus da crença, então?

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