Os sonhos são uma coisa muito estranha. Quando estou muito cansado, não me costumo lembrar deles; apenas da sensação que eles deixam, de urgência ou angústia, apreensão ou receio. E é só desses que me recordo; são raros os "bons sonhos" que me ficam na memória. Como aquela vez em que - morando ainda em casa dos meus pais - acordei sobressaltado a meio da noite, com a janela de vidro fosco e a bandeira da porta a deixar ver o vermelho vivo de labaredas que não existiam a não ser na minha cabeça, como compreendi depois de ter semi-gritado enquanto me soerguia na cama e de ter acostumado os meus olhos ao que era apenas a ténue claridade do nascer do sol.
Não me recordo já do que sonhei hoje. Recordo que acordei às 7h40 com uma vaga sensação de apreensão e já não voltei a adormecer. Também é normal que isto me aconteça: quando acordo assim, acordo desperto e perdi o sono.
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