Um casal jovem com um filho ainda menino senta-se uma mesa à minha frente no self-service do CCB. Alguns minutos são necessários para sentar o menino e instalar as bandejas do almoço na mesa. Como seria de esperar, o menino não pára quieto enquanto os pais tentam almoçar descansadamente (sem sucesso) e dar-lhe o almoço a ele (com ainda menos sucesso). A certa altura, o miúdo ajoelha-se em cima da cadeira com o telemóvel do pai, os braços apoiados no recosto, e deixa-o cair no chão. As poucas tentativas de o fazer comer são infrutíferas. Acabam por deixá-lo levantar-se e ele começa imediatamente a correr de um lado para o outro da sala, que não está muito cheia, gritando muito alto, como se fosse um avião ou uma motocicleta em princípio de corrida. Pára junto aos pais; a mãe dá-lhe uma colher de sopa enquanto lhe diz "gasolina, Duarte". O miúdo retoma a correria. Mais tarde, um menino da mesma idade atravessa-se à frente dele enquanto sai para a esplanada e o miúdo grita-lhe enquanto faz pose de wrestler americano — ou de Hulk, não sei bem qual o mais adequado.
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