Eu sei, eu sei: o melómano que se preze teria sido um dos privilegiados que conseguiu bilhete para ir ver Lhasa de Sela, ontem, no Forum Lisboa, mas francamente a senhora não me diz muito (também nunca a conheci pessoalmente, é certo) e Rita Lee faz parte das minhas primeiras memórias musicais: foi a primeira artista que me provou poder existir no Brasil música moderna para lá dos clássicos da MPB, e a minha adolescência foi pontuada pelos álbuns que eu ia comprando religiosamente em vinil. (A partir de 1986, face à qualidade progressivemente menor dos trabalhos, desliguei.)
O concerto de ontem no Coliseu de Lisboa, longe de perfeito mas significativamente melhor do que eu esperava face à errática reputação da artista, foi por isso um desfiar de canções que, surpreendido, dei por mim a saber de cor apesar de não ouvir a maior parte delas há anos (infelizmente, não existe nenhum greatest hits decente da senhora nas lojas, à excepção do envergonhado "Rita Hits" de 1984 em jeito de "megamix" que trunca as canções). Eu e a quantidade absurda de tios e tias trintões, da esquerda caviar undercover às santanetes disfarçadas, provando que uma boa canção atravessa linhas de batalha.
set principal
A Hard Day's Night
Amor e Sexo
Nem Luxo nem Lixo
A Gripe do Amor
Agora Só Falta Você
Baila Comigo
Top Top
Tudo Vira Bosta
Doce Vampiro
Perto do Fogo
Panis et Circensis
With a Little Help from My Friends
Lucy in the Sky with Diamonds
On the Rocks
Caso Sério
Erva Venenosa
Jardins da Babilônia
Ovelha Negra
encores
Desculpe o Auê
Banho de Espuma
Mania de Você
Lança-Perfume
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