Belíssimas palavras de Rosa Montero, hoje, no DNa, a Carlos Vaz Marques:
Nós, seres humanos, somos sobretudo animais imaginativos, animais efabuladores. A história que fazemos das nossas vidas, a memória das nossas vidas, na realidade, está cheia de contos, está cheia de ficção. Isto pode demonstrar-se facilmente porque o que tu recordas hoje da tua infância não é o que recordarás dentro de vinte anos, por exemplo. Porque vamos transformando esse nosso conto. (...) A nossa memória, a nossa vida, são uma ficção. O ser humano é, em primeiro lugar, um narrador de si mesmo. É um romancista de si próprio.
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