Tudo começou há largas semanas. Quando, ao ligar o pisca do meu carro enquanto travava, o indicador do farol de nevoeiro se acendeu igualmente.
Não dei muita atenção ao caso. Afinal, o indicador vermelho da porta aberta também está sempre ligado desde que a minha violência a fechar a porta do condutor levou ao desaparecimento da peça de borracha que serve de sensor para indicar que a porta está aberta, com o resultado de que a luz do tejadilho tem de estar sempre desligada senão não se apaga quando deve.
Portanto, atribui o acender do indicador do farol de nevoeiro enquanto travo a um pequeno mau contacto eléctrico sem motivo para preocupações de maior.
Eis senão quando, um belo dia, ao dirigir-me para a viatura, reparo, com espanto: os dois faróis de nevoeiro haviam desaparecido!
Onde? Quando? Como? Porquê? Quem? As cinco perguntas básicas a que qualquer boa peça jornalística deve responder ficarão sem resposta. Mas nunca pensei que um farol de nevoeiro pudesse ser um objecto de valor roubável. Que os auto-rádios de cassette já não tenham saída eu ainda percebo. Mas um farol de nevoeiro?...
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