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28 de abril de 2004

É QUARTA-FEIRA (E DAQUI A HORA E MEIA SERÁ QUINTA-FEIRA)

A dúzia de pedras que o meu pai tinha alojadas na bexiga já saíram e, diz quem viu — nomeadamente o meu pai, que assistiu à intervenção visto que a anestesia foi uma epidural localizada —, não eram nada bonitas de se ver. O alívio é generalizado, sobretudo para ele. Resta agora dormir no sofá mais umas noites até o meu pai receber alta e a minha mãe poder regressar a casa. É muito doloroso ver a minha mãe assim tão dependente dos outros, misto de criança grande e adulta lúcida, triste e revoltada por já não poder fazer nada sozinha. É também muito complicado porque sou eu, o filho solteiro que tem menos condições para o fazer, que tem de a receber em casa — mas, como soe dizer-se, roupa suja lava-se em casa e eu tenho ali uma carga inteira à espera de meter na máquina. Assim como assim, ver Pedro Santana Lopes a insistir na defesa ultrajada do seu plano do túnel, a sacudir a água do capote responsabilizando o ministério das Obras Públicas pela inexistência de estudo prévio de impacte ambiental já é irritação suficiente.

PS: Agradecimentos devidos, sinceros e sentidos: Ana Cristina, António, Filipe, Isabel, João B., João L., João M., João Carlos, João Maria, Jorge L., Jorge R., Maria, Marta, Nuno J., Nuno P., Rosário, Teresa, Zé.

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