Pesquisa personalizada

21 de janeiro de 2004

IRREAL SOCIAL

Falamos como se vivêssemos juntos há anos, comentamos o dia que tivemos, dizemos não importa o quê, só para ouvirmos as nossas vozes. E nunca percebemos que não é o que dizemos que é importante, mas sim ouvir a voz; e, ao fazê-lo, fingir que não estamos sozinhos. Mas não é ouvir a tua voz que eu quero; é estar contigo, quem quer que sejas, onde quer que estejas;

e não poder, mesmo sabendo que não sei quem és nem onde estás, dói-me.

Sem comentários: