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28 de dezembro de 2003

A MENINA JULIA & AS MENINAS DE WELLESLEY

A minha amiga Isabel e eu puxámos ao lustro aos nossos cartões de Fãs Empedernidos de Julia Roberts e lá nos metemos a caminho do Corte Inglés para ver "O Sorriso de Mona Lisa" e quebrar um jejum demasiado longo sem filmes da nossa actriz preferida. Sim, eu reconheço que Meryl Streep é muito melhor actriz, mas isso não faz de Julia Roberts uma má actriz (que se veja "Erin Brockovich", por exemplo, para o confirmar) e Meryl Streep não tem o charme nem irradia o glamour de "movie star" que La Roberts parece ter quase sem dar por isso.

O filme é um "Clube dos Poetas Mortos" para gajas (passe o chauvinismo, dito sem ofensa), passado numa universidade americana dos anos 50 que finge ser progressista mas é basicamente uma escola de economia doméstica, fotografado luxuosamente por Anastas Michos. Ao pé de Julia, particularmente bem nos momentos mais vulneráveis, está uma coterie das melhores jovens actrizes americanas (Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal e Kirsten Dunst), todas muito bem. Pena é o argumento mal resolvido, as personagens deixadas pelo caminho e a tendência para o lugar-comum melodramático, mas é uma fita simpática para preencher duas horas, e os fãs de Julia sairão certamente satisfeitos (os de Tori Amos também, que a mocinha aparece por lá a fazer de cantora de big band); é claro que o cinema que nos toca cá dentro é outra coisa, mas este também faz falta para descansar a cabecinha.

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