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20 de dezembro de 2003

FRANCOFONIA #2

Etienne Daho é uma das figuras-chave da pop francesa dos últimos vinte anos, e tem um disco novo ao qual não se tem prestado grande atenção, "Reévolution" (Virgin/EMI, 2003). Percebo porquê: Daho por cá é mesmo um gosto adquirido de minorias francófonas, e o álbum carrega muito num tom hedonista muito pouco politicamente correcto, paredes-meias com a perversão mainstream. Apenas Miguel Cunha, no Blitz, Nuno Galopim, no Diário de Notícias, e Jorge Lima Alves, no Expresso, lhe prestaram atenção -- e dos três só o Miguel gostou realmente do disco. Confesso que, mesmo sendo incondicional de Daho há longos anos, "Reévolution" parece-me longe de ser um grande disco, mas o seu tom borbulhante e blasé parece-me ideal para contrariar a neurose reinante. Que precisa de ser contrariada, a todo o custo.

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