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20 de dezembro de 2003

FRANCOFONIA #1

Termino a leitura da fantástica "memória descritiva" que François Ede e Stéphane Goudet criaram para acompanhar a versão restaurada de "Play Time" (infelizmente, o livro apenas existe em francês, lançado pelos Cahiers du Cinéma). É um luxuoso álbum de 200 páginas, apenas ligeiramente mais pequeno que um velho LP, repleto de imagens do filme em grande formato. Traz uma espécie de diário de rodagem, seguido por um espantoso ensaio (por uma vez, muito pouco hermético, como é hábito da intelligentsia francófona) que é uma espécie de "chave de interpretação" de muitas das pistas e dos gags alinhados por Jacques Tati. E, o que é melhor, é um ensaio que não "fecha" o filme. Antes pelo contrário: abre-o para vermos nele aquilo que quisermos. Porque o sonho de Tati era que o filme apenas começasse no exacto momento em que saímos da sala.

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