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14 de janeiro de 2010

JONI (para A. S. e R. F.)

Houve duas pessoas que me ensinaram a gostar da Joni Mitchell.

A primeira foi o António Sérgio, que passava no Som da Frente o "Ethiopia" do Dog Eat Dog, pelo meio dos Smiths, da Laurie Anderson, dos Sisters of Mercy e dos Cocteau Twins,

A segunda foi o Rui Ferreira, que, dois ou três anos mais tarde, me emprestou o Court and Spark e me apresentou ao Ry Cooder e ao Randy Newman.

Lembrei-me deles, hoje, a ouvir outra vez a Joni dos anos 1980; ou melhor, a Joni de dois álbuns dos anos 1980, o Dog Eat Dog de 1985 que resistiu ao tempo de modo estupendo como grande álbum de protesto mal-disposto disfarçado por trás da seda pulsante e eléctrica dos sintetizadores trazidos por Thomas Dolby para a produção, e o Chalk Mark in a Rain Storm de 1988 que cristalizou um momento em que a sua música vivia tanto das composições como da produção que as transformava numa espécie de pintura aural tridimensional explorando a tecnologia.

Saudades.



Joni Mitchell, "Good Friends", de Dog Eat Dog (Geffen 1985), real. Jim Blashfield

(aqui, o video para "My Secret Place", de Chalk Mark in a Rain Storm, Geffen 1988, real. Anton Corbijn)

1 comentário:

Mr. Steed disse...

catitinha, sim senhor! Bem relembrado.