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14 de fevereiro de 2008

VERKEHRSVERBUND BERLIN-BRANDENBURG

O que é divertido no sistema de transporte público de Berlim, para além de ser de uma pontualidade germânica a toda a prova que mete qualquer outra cidade no chinelo, é o facto do comboio poder ser metro e do metro também poder ser comboio, mas do comboio não ser metro e do metro não ser comboio.

Trocando por miúdos (e não estou a tentar ser filosófico nem nada que se pareça): a rede de comboios sub/urbanos que atravessa Berlim chama-se S-Bahn (de Stadtbahn, "comboio de cidade"), mas algumas das linhas de S-Bahn são subterrâneas sem que por isso deixem de ser linhas de comboio.

A rede de metropolitano chama-se U-Bahn (de Untergrundsbahn, "comboio subterrâneo"), mas quase todas as linhas de U-Bahn têm secçoes elevadas ao ar livre sem que por isso deixem de ser linhas de metro. 

Exemplo prático: hoje apanhei a linha de metro U1 de Nollendorfplatz em direcção a Warschauer Straße. Em Nollendorfplatz, a linha é subterrânea, mas a partir da estação de Gleisdreieck e até ao términus em Warschauer Straße, é elevada ao ar livre.

Já as linhas de comboio S1, S2 ou S25 que apanho em Friedrichstraße para ir para a Potsdamer Platz são subterrâneas no percurso entre estas estações.

As composições do metro são uma espécie de "S-Bahn de bolso" para caberem nos túneis subterrâneos — mas podíamos ficar aqui até amanhã a discutir os pormenores. Como na questão dos géneros das palavras (que em alemão podem ser masculino, feminino ou neutro de modo absolutamente aleatório), as linhas são o que são e ponto final. 

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