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Seguir There Is a Season (Columbia Legacy/Sony BMG, 2006), a mais recente caixa retrospectiva dos Byrds, é entrar numa montanha russa esquizofrénica que começa com o grupo como uma espécie de Beatles de terceira em versão xoninhas, termina com os moços a aproximarem-se perigosamente do rock FM californiano da década de 70. Mas, pelo meio, há uma invenção melódica e guitarrística absolutamente notável, há aqueles carrocéis de Rickenbackers cintilantes e a impecável prestação vocal e instrumental dos rapazes, há a amplitude térmica que ia dos Dylanismos traduzidos para as massas à invenção do country-rock com um respeito insuspeito pela tradição (muitos anos antes dos manos Coen devolverem a "mountain music" às parangonas com a banda-sonora de Irmão, Onde Estás?, já Roger McGuinn & cª, com a ajuda preciosa de Gram Parsons, tinham percebido o que de bom ali se podia recuperar). O título é enganador: não há uma única estação em There Is a Season, há uma viagem pelo ciclo do tempo com todas as voltas que isso implica.
"Mr. Tambourine Man"
"I'll Feel a Whole Lot Better"
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