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14 de novembro de 2006

UM HOMEM NAO CHORA

Não sei se viram, na semana passada, aquela reportagem da RTP sobre os problemas psicológicos dos agentes da polícia e as altíssimas taxas de suicídio dos agentes da autoridade. Apanhei-a um pouco por acaso, mas a verdade é que fiquei perfeitamente elucidado sobre um pormenor: a velha imagem do polícia como "homem de ferro" já não corresponde minimamente à realidade. Os polícias são tão frágeis e humanos como as "pessoas normais", o que se pensarmos bem é apenas normal mas nada evidente.

Sempre achei que estas profissões "de risco" deviam ter um enquadramento psicológico muito sério — mas a reportagem deu a entender que nem por isso. Será que, nisto como noutras coisas, Portugal ainda acha no geral que tratamento psicológico é a mesma coisa que "ser maluquinho" e que "um homem resolve os seus problemas sozinho" e "um homem não chora"? Gostava de pensar que não — porque nenhuma dessas afirmações, assim como assim, é uma verdade universal — mas algo me diz que sim.

1 comentário:

Aldina Duarte disse...

Só não chora quem não tem ao menos um olhar sobre si ou sobre o próximo!

Até sempre!