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15 de outubro de 2006

DA LICENÇA QUE EU ME SENTE?

É normal que os Pastéis de Belém estejam cheios numa manhã de domingo, entre turistas, nativos e quem veio ver o render da guarda da GNR ao palácio de Belém, com os empregados de cabeça em água a correr para conseguir dar vazão aos fregueses. O que já não é normal é que, na mesa ao lado da nossa, anteriormente ocupada por um casal jovem, enquanto ela espera que ele regresse da casa de banho e que o empregado traga a conta, chegue um quarentão brasileiro que, ao reparar que ela espera a conta, lhe pergunta se não se importa que ele marque lugar sentando-se ao seu lado. Enquanto o esposo/namorado da jovem vem/não vem, o brasileiro começa, enquanto tenta meter conversa com a jovem, às tantas a fazer sinalefas e a assobiar altíssimo e mal-educadamente no meio da sala ruidosa e cheia de gente, penso a princípio que para o empregado do balcão o vir atender, mas percebo depois que ele está a chamar a mulher com quem está, que chega pouco depois e se senta na mesa, altura em que chega o esposo da jovem e os dois se levantam para pagar ao empregado. Passado algum tempo, chega mais um casal quarentão brasileiro para fazer companhia ao casal quarentão já instalado. Dez minutos mais tarde, vejo-os a sair com um saco com embalagens de pastéis de Belém. Fiquei sem perceber.

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