Vi os Rolling Stones da primeira vez que eles cá vieram ao Estádio de Alvalade; foi num domingo de Junho, dia de Marchas Populares, vim a pé do estádio para minha casa (ou quase), cheguei a casa à uma da manhã estava a minha mãe a ver o desfile das marchas na televisão, levantei-me no dia seguinte às seis para ir a Setúbal à inspecção da tropa (a parte da manhã passou sem eu dar quase por nada, tal era a pedra de sono com que eu estava, e vim-me embora no fim do dia por ter sido dispensado do serviço militar). Gostei imenso, mas como fiquei na bancada geral em frente ao palco a minha memória é de um palco muito distante.
Vi os Rolling Stones da segunda vez que eles cá vieram ao Estádio de Alvalade; foi num dia de semana não sei se de Julho se de Agosto, estava eu de férias, fui à tarde ver o "Blow-Up" do Antonioni ao King às quatro e meia, depois fui ter com uma amiga e jantámos no La Campania, na Artilharia Um, antes de irmos para o concerto. Como fiquei na bancada lateral coberta vi muito mais do concerto e gostei mais do que do outro.
Não vi os Rolling Stones da terceira vez que eles cá vieram, a Coimbra, nem agora que eles foram ao Porto. Mas vi bocadinhos do concerto do Porto na televisão e fiquei a achar que Ron Wood parece ter feito uma plástica que correu mal, Keith Richards (que continua a tocar que nem um deus) está muito mais velho do que parecia e Mick Jagger continua a ser Mick Jagger. Charlie Watts só apareceu de costas, por isso não me posso pronunciar.
Também vi os habituais comentários dos fãs, e só achei estranho haver um senhor que parecia estar em todas as entrevistas, a fazer um ar embrutecido para a câmara. Não era o célebre "emplastro", mas era como se fosse.
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