Blog-notas de ideias soltas; post-it público de observações casuais; fragmentos em roda livre, fixados em âmbar. Eu, sem filtro. jorge.mourinha@gmail.com
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11 de agosto de 2006
POLAROID: SUPERMERCADO
Passa pouco das sete da tarde e, como habitual, o supermercado está a encher com as pessoas que regressam a casa do trabalho e compram alguma coisa de que se esqueceram ou que lhes faz falta para o jantar (ou, em alguns casos, compram mesmo o jantar). Das três caixas, contudo, só uma está a funcionar e rapidamente se forma uma fila que curva junto à arca dos gelados. Um senhor dos seus 60-70 anos, com uma pasta de escriturário na mão e uma embalagem de bacon na outra, mostra-se relutante em juntar-se à fila, que no entretanto ganhou uma forma retorcida, um pouco estranha. Quando chega uma funcionária para abrir uma das caixas, o senhor precipita-se para ser atendido, mas faço sinal à empregada que há gente à frente do senhor e ela apressa-se a dizer "por ordem, se fizer favor". O senhor resmunga por não poder ser atendido antes dos outros todos, "então, é pela ordem que as pessoas estavam na fila"", diz-lhe a empregada, mas ele responde "e eu sei lá onde é que está a fila, aquilo não parece uma fila".
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