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12 de novembro de 2005

PORTUGAL NO SEU MELHOR

No metro entre o Rato e o Marquês de Pombal, uma senhora de meia-idade que o cachecol colorido identifica como dirigindo-se para a procissão conversa com a senhora sentada à sua frente como se estivesse em casa em frente ao televisor, criticando "eles" (políticos? edis? funcionários públicos?) naquele tom "a-mim-ninguém-me-engana" que os portugueses tanto gostam de usar.

No noticiário da RTP-1, uns quantos candidatos à Presidência da República passam a vida a comentar as campanhas e as posturas dos outros candidatos em vez de avançarem propostas realmente interessantes para justificarem a sua eleição para lá do seu percurso "que fala por si".

Enquanto isso, Lisboa pára para uma procissão onde coexistem a verdadeira fé (pessoal, privada, intransmissível) e o exibicionismo quase bairrista de uma fé que se apregoa aos sete ventos.

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