Blog-notas de ideias soltas; post-it público de observações casuais; fragmentos em roda livre, fixados em âmbar. Eu, sem filtro. jorge.mourinha@gmail.com
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16 de junho de 2005
POLAROID: ROMA TRASTEVERE, QUARTA, 8 DE JUNHO, 19h45
A estação de comboios está em obras, folhas amarelas impressas a computador indicando as saídas e as plataformas coladas em taipais de contraplacado. A confusão dos passageiros regressando a casa ao fim do dia de trabalho, apanhando correspondências entre seis plataformas diferentes. Um grupo de homens está sentado num banco entre os vários taipais, garrafas de litro de cerveja na mão. Não se percebe se são trabalhadores à espera de um comboio ou apenas a passar o tempo, ou se são emigrantes (muito mal vistos em Itália, pelo que percebemos) à espera que a estação feche, embora estejam demasiado bem vestidos para serem sem-abrigos. Seja como for, estão ali e não se vão embora; metem-se discretamente com os transeuntes. Percebem que somos estrangeiros, dizem-nos "hello" com um sorriso trocista; quando uma freira passa, apressada, quase a correr, para apanhar o comboio, gritam-lhe "go, go, go".
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