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8 de maio de 2005

REVISTA DE IMPRENSA

Fim-de-semana caseirinho. Tempo para terminar as actualidades da semana e pôr em dia algumas das revistas em atraso. Na Time da semana, bela peça sobre as eleições britânicas (evidentemente, anterior aos resultados!), mas a capa é entregue ao "Episódio III" da saga "Star Wars", à beirinha de estrear (falta pouco mais de uma semana), que o crítico residente Richard Corliss recomenda vivamente como superior aos "Episódios I" e "II" (também, não era inteiramente improvável que o fosse). George Lucas fala e diz coisas com interesse.

Na Economist, descubro que apesar do mercado publicitário da imprensa escrita estar em recessão, o segmento das revistas people está em franco crescimento nos EUA, com quatro novos títulos a desenharem-se no horizonte, mas que os mesmos EUA continuam profundamente atrasados no que diz respeito à adopção de uma base de dados centralizada com informações médicas — aliás, continuam profundamente atrasados no que diz respeito à informatização e processamento das fichas clínicas. De caminho, a revista não está particularmente convencida com a adaptação cinematográfica do "Hitchhiker's Guide to the Galaxy" (estreia prevista em Portugal para Agosto), mas admite que nem sequer teria sido concretizada se Douglas Adams — que exigia controle absoluto sobre a produção e chegou ainda a co-assinar o argumento — ainda fosse vivo.

A Wired de Março (eu dizia que estava a pôr revistas atrasadas em dia...) atira-se ao futuro da rádio (sempre de uma perspectiva americana, entenda-se). Das rádios digitais por satélite à redescoberta do programa de autor personalizado, passando pelo "podcasting" (imagine-se um blog em rádio), vale tudo num número onde também se investigam... as sanitas do futuro. Já a Première francesa (também de Março, continuo atrasado) propõe uma entrevista inteligente de Will Smith sobre as mecânicas da sedução e outra de Clint Eastwood sobre "Million Dollar Baby" (boa, e ao nível da que os Cahiers du Cinéma publicaram no mesmo mês). Mais a rendição absoluta e incompreensível da revista a "Antes do Anoitecer" (que só estreou em França seis meses depois de Portugal), com uma bela entrevista de Julie Delpy a explicar que se está a marimbar para o conceito tradicional de "carreira".

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