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2 de maio de 2005

POLAROID: BALNEÁRIO

Pelo meio dos bancos de metal e madeira e dos cabides, dois homens ensaiam uma coreografia de dança de salão, sem os requebros de espectáculo. Um deles, colarinho aberto na camisa negra, cordão ao pescoço, cabelo escorrido apanhado num rabo de cavalo, conta os passos e lidera a coreografia, ajudando o outro a colocar os braços, as mãos, os pés.

O meu telefone toca no cacifo do balneário. É um operador de telemarketing do meu serviço de televisão por cabo, que, segundo o meu telemóvel, já ligou uma vez anteriormente. Tem sotaque brasileiro, como aliás quase todos os operadores que me ligaram do serviço nas últimas semanas. Digo-lhe que neste momento não é conveniente e me está a incomodar; ele pergunta se pode ligar amanhã à mesma hora.

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