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22 de maio de 2005

AFINAL, PARA QUE SERVEM OS PASSEIOS?

No parque de estacionamento do Amoreiras, ontem, uma jovem muito fashion andava pelo meio da faixa reservada aos carros ao telemóvel com a maior displicência. Mando-lhe uma buzinadela, ela não liga, mando outra e, mal disposto, atiro-lhe com um bem portuguesinho "deve achar que isto é tudo seu, não?" , e ela disparata antes de se virar para o telemóvel e dizer em francês "ooh la la, ces Portugais c'est toujours la même chose".

Arrumando à porta de casa, um casal de idosos desce devagarinho a rua pelo meio da estrada. Não há carros em cima do passeio, que é admissivelmente estreito, mas o casal não só está no meio da estrada como pára para confirmar se está qualquer coisa na mala da senhora.

Esta manhã, numa rua da Lapa, com os passeios perfeitamente livres e desobstruídos, uma senhora dirige-se para o carro pelo meio da estrada. Na Infante Santo, uma outra atravessa a avenida na diagonal, a poucos metros de uma passadeira.

Aqui entre nós, é um milagre como não há mais atropelamentos na Grande Lisboa.

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