(filme que gera bastantes anti-corpos entre a blogosfera, pelo que já percebi, mas que, se a 1poucomais me permitir, acho longe de ser uma perda de tempo)
...irritou-me sobremaneira o estado da cópia que passou ontem na RTP-1. Rodado em scope (ou seja, écrã panorâmico às proporções 1:2.35), "Moulin Rouge!" surgiu truncado para o formato quadrado/rectangular do televisor pelo processo "pan & scan"; ou seja, reproduzindo apenas a parte da imagem que cabe na janela do televisor. O efeito é destruidor para um filme cuja composição visual é tão trabalhada como "Moulin Rouge!", mas é geralmente catastrófico para qualquer filme que aproveite minimamente o écrã panorâmico; a sensação que tive foi a de estar a ver outro filme que não aquele que vi no cinema e, mais tarde, no DVD que reproduzia fielmente o formato panorâmico (prefiro sempre as barrinhas pretas a enquadrar a imagem, pelo menos estou a ver o filme como o realizador o pensou). Geralmente, em "pan & scan" há planos e transições que parecem demasiado rápidas ou que não fazem sentido — porque o reenquadramento da imagem veio desequilibrar toda a composição visual e o próprio ritmo da montagem.
O DVD, felizmente, veio praticamente erradicar o "pan & scan", mas ontem percebi, infelizmente, que ainda não foi completamente erradicado.
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