Durante a semana no Carvoeiro, segui com atenção os noticiários da SIC (não gosto do estilo TVI, e a RTP-1 apanhava-se com deficiências). Excelentes reportagens de Helena Figueiras, no noticiário da SIC, seguindo os fogos; mais à frente, no noticiário de segunda-feira (26), Frederico Roque de Pinho corta a palavra às palavras de circunstância do Secretário de Estado do Ministério da Administração Interna, presente na Arrábida, sem problemas.
Pena que, mais à frente na semana, Roque de Pinho tenha metido os pés pelas mãos a cobrir o incêndio do Algarve, levado pela emoção que já não desculpa as muletas que foi usando. Num directo caricato, entrevista um habitante de Barranco do Velho, muito angustiado, e um mirone que foi para ali passear de bicicleta; fala do "paraíso ecológico" que é a Serra do Caldeirão e do "bonito que é" a aldeia juntar-se toda na igreja para rezar como se a fé fosse a única coisa que pudesse afastar as chamas. Não nego a sinceridade das emoções do jornalista; mas é estranho como, ao ser transmitida, essa sinceridade ganha uma inesperada patine de desacerto, de desajuste.
Entretanto, ontem à noite a RTP-1 apresenta uma reportagem sobre o jovem de Cova da Muda que ficou sozinho a defender a aldeia do fogo; a SIC já o tinha feito na véspera, a reportagem soou a refugo para encher alinhamento. Hoje à noite, Daniela Santiago falou dos blogs de políticos pela rama, à beira de tratar essa entidade misteriosa que é a "blogosfera" como uma excentricidade ou uma bizarria; que pena não ter sido possível falar com os bloguistas...
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