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3 de julho de 2004

LOGBOOK #13: A CANA DE PESCA

Sesimbra: Ponta da Baleeira, sábado 3 de Julho, 11h22: 13.8m, 52min, 17º C

Muito vento, com direito a banho completo no barco, à ida, a convencer-nos que não vai ser um grande dia de mergulho. Mentira: é verdade que a visibilidade é indiferente, 2-3 metros no máximo; que o Miguel aborta o mergulho durante a descida com problemas de compensação (mais tarde, restabelecido, descerá com outro grupo). Mas não há grande corrente e a visibilidade é perfeita para passearmos por estes desfiladeiros de pedras forradas.

A Baleeira não tem grande reputação, mas o Spínola tinha razão: neste ponto abrigado junto à costa, que sobe dos 13 metros até aos 5, há rochas, há vida, há muito para ver e para nos entretermos durante quase uma hora (e só não foi mais tempo porque o Filipe entrou na reserva). Parece até haver uma gruta de lagostas onde eu, o Pedro e o Filipe não fomos, entretidos a pairar à procura da vida escondida por baixo das laminárias que parece terem feito ocupação selvagem dos fundos costeiros. Como o polvinho muito bem escondido que o Pedro fotografa com a máquina nova e que se recusa pachorrentamente a sair do sítio. Ou a cana de pesca que está caída algures entre as pedras e que eu apanho e decido lá deixar quando vejo que já há vida a subir pelo tubo oco acima.

À volta, o banho é muito menor; o tempo melhorou, o vento amainou um pouco. O tal dia que não ia ser muito grande foi óptimo. "Go with the flow", já diziam os Queens of the Stone Age.

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