Telefonema surreal do fim-de-semana: o meu pai a perguntar-me se eu tinha em casa o álbum do Astérix chamado "A Zaragata", sobre um intriguista que é contratado para semear a discórdia na aldeia dos irredutíveis gauleses, e se o podia levar para a minha mãe o ler.
A minha mãe nunca gostou de banda-desenhada - à excepção de um álbum do Lucky Luke chamado "Mamã Dalton" (auto-explicativo). Mas a confusão que geralmente se gera lá em casa quando ela, como boa mãe proletária e alérgica a injustiças, toma partido por um dos três filhos contra os outros dois, com efeitos geralmente contrários aos originalmente pretendidos, levaram-nos a dizer comumente - e isto já há mais de dez anos - que, num dia mau, "a mãe é pior que o da Zaragata".
Finalmente, ela decidiu-se a perceber porquê.
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