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4 de março de 2004

TINAIGERES INCONSCIENTES

A loja de conveniência onde me costumo abastecer de jornais (lamento, não fumo) tem um pequeno problema. Fica ao pé do liceu Pedro Nunes e, naqueles momentos mágicos conhecidos como "intervalo", enche de adolescentes pseudo-betos, imberbes tanto fisica como mentalmente e completamente inconscientes, que se vai empanturrar de gorduras poli-insaturadas e açúcares. Hoje, à hora de almoço, assisti aos responsáveis da loja pura e simplesmente expulsarem das instalações um grupinho particularmente ruidoso e obnóxio que estava a fazer um inexplicável escarcéu enquanto comiam um cachorro-quente (que passa por almoço nestes nossos dias McMenuizados). Convencidos de que tinham muita graça, e com aquela pose de futuro barão da economia que julga tudo ser-lhe desculpado.

Compreendo que a adolescência seja um estádio inescapável no crescimento do ser humano, mas nunca encontrei um adolescente cuja ideia de "comportamento social" não fosse conduciva à vontade de fazer uma manifestação frente à Assembleia (que, aliás, nem fica longe) para se promulgar uma qualquer lei limitando os adolescentes a uma medida de coacção que os obrigue a ficarem a) longe uns dos outros e b) longe dos adultos. Sim, eu sei, sou misantropo. Já me tinham dito.

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