Vejo um pouco por todo o lado: Luís Villas-Boas, do Refúgio Aboim Ascensão, recusa aos homossexuais o direito de criarem crianças alegando que a sua opção sexual é um desvio (ler: aberração).
Leio no DN: parece que um tenente da Brigada de Trânsito mandava escoltar a namorada quando ela vinha ter com ele (afinal, ainda há homens a sério em Portugal).
Vejo na SIC Notícias: Nuno Morais Sarmento em ofensiva de charme (uma hora inteira de entrevista com o novo visual barbudo).
Leio no Público: Pacheco Pereira descreve Santana Lopes como um político egocêntrico incapaz de pensar outra política que não seja a sua auto-promoção (enfim, um momento de lucidez! cada vez gosto mais de ler o homem - P.P., não P.S.L., cujas colunas semanais no DN - e hoje há outra - são cada vez mais dignas do Inimigo Público).
Vejo um anúncio no DN do "2º ciclo de cinema Cais" dedicado ao Ambiente - começa hoje no São Jorge, mas se não tivesse visto o anúncio não saberia nada.
Enquanto isso, as primeiras páginas preenchem-se com o empate da selecção e a página de cartas dos leitores do DN destaca um leitor que considera que a proposta do Bloco de Esquerda para os bailarinos profissionais serem considerados "de desgaste rápido" é uma anedota porque a arte não é uma profissão de desgaste rápido e uma leitora que acha que o "Mystic River" e "Uma Casa na Bruma" não deveriam ter sido classificados para maiores de 12 anos e que a comissão de classificação de espectáculos não percebe o que anda a fazer. O que, como sabemos, são tudo assuntos de interesse nacional imperativo.
Porque é que eu ainda me dou ao trabalho de me chatear com estas merdas?
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