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13 de fevereiro de 2004

CREME DE LEGUMES, PATANISCAS DE BACALHAU E OS JORNAIS DE HOJE

Mário Lopes em muito grande no DNMais de hoje, sobretudo graças à excelente reportagem sobre Joss Stone (aliás, vénias também a Inês Nadais, igualmente muito bem no Y - apetece-me ir ouvir o disco, apesar dos receios) - só é pena alguns tiques de construção à Nuno Galopim. Este, por seu lado, insiste na sua obsessão com os neo-românticos que já começa a cansar - ainda por cima, a página que ele hoje preenche no DNMais com compilações-refugo de neo-românticos sortidos já é mesmo demais. (A coisa estende-se para a página a seguir, mas é Ricardo Sérgio que se encarrega de dizer mal. Com propriedade, aliás.)

No DNa, fico com vontade de ler a fundo a entrevista a Elizabeth Loftus por causa da frase com que termina o lead: "Penso que alguém tem de se preocupar com os inocentes. Já temos imensa gente a preocupar-se com os culpados." Fico também com vontade de ler o texto sobre o cinema moçambicano. Contento-me com os habituais recados de Pedro Rolo Duarte, aqui a queixar-se que toda a gente vai dizer mal do disco novo de Norah Jones porque é igual ao disco antes. Da minha parte pode ficar descansado, para ser justo direi tão mal deste como do anterior, porque francamente acho aquilo tudo muito insosso (embora ainda assim ache que Norah Jones é francamente melhor que Diana Krall, mesmo apesar de Diana Krall ser a actual musa do meu guru Elvis Costello).

No Y, Kathleen Gomes assina um excelente texto sobre a trilogia de Lucas Belvaux que ontem arrancou em Lisboa, "Um Casal Encantador", "Em Fuga" e "Depois da Vida", mas fiquei sem perceber o que é que ela realmente achou dos filmes. Mais á frente, irrita-me a incapacidade dos críticos de cinema do Y de apreciarem um filme escorreito e mediano por aquilo que ele é. É verdade que um filme mediano pode ser uma coisa muito anónima, e isso nunca é um bom cartão de visita, mas há mais em "Rapariga com Brinco de Pérola" do que apenas a fotografia de Eduardo Serra e a presença de Scarlett Johansson. Acho a unanimidade da bolinha solitária muito injusta, mas enfim, eles também não gostaram de "O Grande Peixe". O café chegou antes de eu me atirar ao Inimigo Público.

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