Olho para o top português de álbuns e vejo em primeiro lugar os Evanescence; uma banda que me irrita sobremaneira pelo aspecto tão completamente fabricado para o sucesso que tem, como se fossem o resultado de uma experiência de laboratório que cruzasse genes do nu-metal e do rock gótico num formato pop. Mas faz sentido que sejam primeiro lugar num país que sempre teve particular mau gosto a comprar discos (podemos lembrar-nos dos Modern Talking ou dos Century).
Faz tanto sentido como estarem os Incubus em terceiro lugar ou os Limp Bizkit terem sido coqueluche há uns anos atrás; ou seja, não faz, porque há sempre um desfasamento entre aquilo de que os jornais falam, as preferências das elites, e aquilo que as pessoas compram, o gosto das massas. Manda a regra que uns e outros estejam eternamente de costas voltadas, e quando por algum milagre existe unanimidade (vide "Tribalistas") isso não quer dizer rigorosamente nada. Faz tanto sentido como tudo o resto; ou seja, não faz.
Para que conste: cada um gosta do que gosta e todos amigos como dantes. Eu não gosto dos Evanescence e acho que quem os compra está a enfiar um barrete de todo o tamanho, mas isso sou só eu. Eu nem gosto dos Red Hot Chili Peppers.
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