playlist: marginália at the movies: Cliff Martinez, Richard Robbins, Thomas Newman
Levantar-me a horas de poder gozar a manhã pelas ruas calmas de Lisboa, apanhar a estação dos correios vazia, o metro sem enchentes (mas com uma tia de meia-idade das Avenidas Novas muito mal-educada). Sentar-me no sofá a ler os jornais do dia sem pressas e com calmas. No Público, o director do Instituto das Artes quer estar entre o Alentejo e Nova Iorque, parafraseando Variações que queria estar (e esteve quase sempre) entre Braga e Nova Iorque (o que se seguirá? os Delfins entre Cascais e Nova Iorque? o Big Brother entre a Venda do Pinheiro e Nova Iorque?). O DNA parece estar a especializar-se em entrevistas depressivas - a mais recente é a soberba mas desencantada conversa entre Luís Osório e Nicolau Breyner que lhe dá capa, oportunidade de ver o outro lado de alguém que nos habituámos a reconhecer como bonacheirão. Mas que, como quem viu "Os Imortais" sabe, é capaz de muito mais e muito melhor. Na televisão, os noticiários continuam a rapar o tacho do caso Casa Pia, falam dos acidentes na estrada, do Benfica-Sporting. Lá fora, como o noticiário prova, Portugal não mudou. Só o calendário tem marcas diferentes.
É bom começar o ano em câmara lenta.
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